Primeira transmissão oficial de rádio no Brasil completa 94 anos

Rio de Janeiro – Presidente Epitácio Pessoa comandou a primeira transmissão no Rio de Janeiro
Há 94 anos, o dia 7 de setembro marcou a primeira transmissão de rádio no país. O feito ocorreu simultaneamente à exposição internacional em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, inaugurada pelo presidente Epitácio Pessoa, em 1922, no Rio de Janeiro.
O então discurso do presidente, em meio ao clima festivo do evento, abriu a programação da exposição, tornada possível por meio de um transmissor de 500 watts, fornecido pela empresa norte-americana Westinghouse e instalado no alto do Corcovado, na capital fluminense. Apenas 80 receptores espalhados na capital e nas cidades fluminenses de Niterói e Petrópolis acompanharam a transmissão experimental, que teve ainda música clássica - incluindo a ópera O Guarani, de Carlos Gomes - durante toda a abertura da exposição.
À frente da iniciativa estava o cientista e educador, Edgar Roquette Pinto, considerado o pai da radiodifusão brasileira. “Segundo o depoimento do próprio Roquette, praticamente ninguém ouviu nada da transmissão, porque o barulho da exposição era muito grande”, conta o historiador, Milton Teixeira. “Os alto-falantes eram relativamente fracos, mas mesmo assim causou uma certa sensação a transmissão do discurso do presidente Epitácio Pessoa e das primeiras músicas”, diz.
A transmissão ocorreu no momento em que as autoridades da época investiram em obras e recursos financeiros para a exposição comemorativa ao centenário da independência, montada no centro do Rio antes ocupada pelo Morro do Castelo. No mesmo período, a insatisfação dos militares e da nascente classe média com as oligarquias que dominavam a chamada República Velha resultou na revolta dos tenentes que serviam no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 5 de julho. Meses antes, em 25 de março, era fundado o Partido Comunista Brasileiro, em Niterói. Em São Paulo, um evento realizado no mês de fevereiro influenciaria de forma definitiva o contexto cultural do país: a Semana de Arte Moderna.
Apesar da transmissão durante a celebração do centenário da Independência, o início efetivo e regular das transmissões do rádio ocorreu somente no ano seguinte, mais uma vez graças ao esforço de Roquette Pinto. Ele tentou em vão convencer o governo a comprar os equipamentos da Westinghouse, que permitiram a transmissão experimental. A aquisição foi feita pela Academia Brasileira de Ciências, e assim entrou no ar, em 20 de abril de 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
A emissora pioneira é a atual Rádio MEC AM 800 do Rio de Janeiro, que foi doada pelo próprio Roquette Pinto ao Ministério da Educação em 1936. Nesse ano, também foi fundada, a princípio como emissora privada, a atual Rádio Nacional AM 1130, que seria incorporada ao patrimônio da União na década de 40.
A era do rádio comercial surge a partir de 1932, quando o presidente Getúlio Vargas, através do Decreto 21.111, autorizou as emissoras a ter até 10% de sua programação sob a forma de publicidade. “Até então, o rádio era sustentado apenas por contribuições de seus próprios ouvintes, que eram os mesmos que ajudavam a fazer a programação.”
Com a permissão da publicidade, se plantou a raiz do modelo de rádio que a partir da década de 40 se consolidou no país, o do veículo comercial, conforme a professora. “Naquele momento, marcado pela Segunda Guerra Mundial, os americanos passaram a influenciar não só a programação como o próprio modelo de rádio feito no Brasil, eminentemente comercial, a exemplo do que se fazia nos Estados Unidos”, diz a coautora, junto com Luiz Carlos Saroldi, do livro Rádio Nacional: o Brasil em Sintonia e organizadora da História do Radiojornalismo no Brasil.
Passados 94 anos, a internet permite, de certa forma, um retorno às origens do rádio. A tecnologia empregada no rádio vem sendo desenvolvida constantemente, além de investimentos em novas formas de transmissão, como webradios e aplicativos para celulares.
O tudoradio.com lançou recentemente seu aplicativo para iOS, onde o ouvinte pode rodar por rádios de várias cidades brasileiras com uma experiência muito parecida com tradicional forma de girar o dial FM e AM, mas com estações de todo o país ao alcance do ouvinte. O aplicativo está integrado ao portal, que organiza as listas de rádios por cidades, frequências e gêneros de programação.
Além disso, o Brasil vive o processo de migração das rádios AMs para o dial FM, já com várias emissoras operando em Frequência Modulada com a permissão do governo. Esse processo tem fomentado também a indústria voltada ao setor, que se mantém aquecida com a aquisição de vários equipamentos.

Depois de dois anos e cinco meses o narrador Silva Júnior deixou essa semana o canal Fox Sports, lá narrou a Copa do Mundo, Olimpíadas e as principais competições esportivas do mundo. O narrador que também é jornalista foi informado que o seu contrato não seria renovado, claro que não é fácil receber uma notícia dessas, ainda mais se tratando de um excelente profissional que ficou anteriormente nove anos na Rádio Globo de São Paulo, deixou a emissora em dezembro de 2014 justamente para se dedicar exclusivamente ao canal de esportes.
A coluna conversou rapidamente com o narrador que mora em Limeira, interior de São Paulo e Silva Júnior, agora como milhões de brasileiros vai buscar sua recolocação no mercado de trabalho, mas com o otimismo e confiança de sempre.
Como foi a sua experiencia no Fox Sports?
Foi uma experiência fantástica. Logo de cara trabalhei na Copa do Mundo aqui no Brasil, narrei grandes jogos da Libertadores, tive minhas primeiras experiências com o futebol europeu na vida profissional. Inglês, Alemão, Espanhol, Italiano, Euro League. Foi uma experiência marcante e renovadora.
O que acha da atual fase dos meios de comunicação, especialmente no departamento de esportes?
Pretende voltar a trabalhar no rádio e se voltaria a trabalhar no Sistema Globo de Rádio ?
Claro que voltaria a trabalhar no rádio. Quase todos os profissionais de sucesso na televisão vieram do rádio que pra mim, continua e continuará forte muito tempo. No Sistema Globo de Rádio trabalhei quase dez anos e deixei as portas abertas. Quem sabe um dia não retorne...
chenidocampo
Disputa
A CBN Diário encerra o ciclo de comemorações de duas décadas no ar, que se completaram em abril de 2016, ao promover duas partidas de futebol com os times master dos clubes que aceleram o coração da Grande Florianópolis, Avaí e Figueirense. Os craques do passado se reunirão na disputa pela Taça CBN Diário 20 Anos, que começa neste sábado (10), às 13h30h, na Ressacada, antes do jogo entre Avaí e Criciúma pelo Campeonato Brasileiro. No dia 9 de outubro, no mesmo horário, ocorre a partida decisiva, antes do duelo entre Figueirense e Botafogo no Estádio Orlando Scarpelli.
Para participar, o público deverá comprar os ingressos das partidas oficiais e chegar mais cedo para acompanhar as disputas da Taça CBN Diário. A emissora estará recolhendo ainda doações voluntárias de alimentos não perecíveis e brinquedos. A taça será entregue ao término do segundo jogo para o clube que somar mais pontos nas duas partidas, conforme o regulamento do Campeonato Brasileiro.
Com um tom descontraído, a transmissão da emissora contará com a presença de convidados especiais. No primeiro jogo, estão confirmadas as participações de Fernando Linhares e Lauro Búrigo, que se juntam ao time de ouro da rádio para transmitir aos ouvintes todos os lances diretamente do estádio.
Os 20 anos da CBN Diário têm sido comemorados com uma série de ações desde fevereiro, além de uma campanha publicitária e reportagens especiais. Acompanhe todas as novidades da emissora no site www.cbndiario.com.br.
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